Confesso que já perdi a conta aos projectos em que tive o prazer de participar nestes já 10 anos e 11 meses ligado à área da Comunicação e Marketing. Uns mais interessantes que outros, é certo. Recordo-me de alguns divertidos e originais, como o caso de um senhor de Palmela que queria despertar a atenção dos media para a necessidade de preservar o Puro-sangue Lusitano e decidiu convocar a imprensa para o acompanhar no percurso Palmela-Lisboa-Palmela em charrete. Outras iniciativas que ficaram na memória: a tentativa frustrada de entrada no nosso mercado dos cigarros espanhóis Fortuna e Ducados e o Pingo Doce compras Online, um projecto demasiado inovador para a época. Existiram também alguns casos de sucesso como a inauguração da loja de decoração Habitat (conhecida agora por Area) e o lançamento do relógio Adamastor da Expo '98. Mas os mais emblemáticos foram estes dois: em Dezembro de 1999, duas pessoas viveram num Veleiro, fundeado em pleno Tejo, no Parque das Nações. Estas duas pessoas estiveram isoladas e apenas com um único contacto com o exterior: meios informáticos e de telecomunicação. Os objectivos eram, em primeiro lugar, saber se as lojas electrónicas nacionais já eram capazes de garantir bons índices de qualidade aos e-consumidores portugueses, e por outro lado, evidenciar a importância do Teletrabalho. Foi um sucesso estrondoso. Recordo-me do corrupio diário dos jornalistas, dos directos com o jornal da noite da SIC, Rádio Renascença, TSF, a presença de inúmeros jornais como o El Mundo, o Público, DN, etc, etc. Foi um mês intenso e muito gratificante. A página web desta "aventura" ainda está online aqui. Outro projecto fantástico foi a primeira iniciativa de Marketing Viral em Portugal, no já longínquo ano de 2000. O conceito era muito simples: Foi lançado um email na web e esse email valia 1 Euro. Cada email impresso e entregue na tarde de 17 de Junho de 2000, no parque das Nações, valia 1 Euro a favor da Fundação do Gil. No total foram entregues 10 mil emails impressos. Mais info sobre esta iniciativa que entrou para o Guinness aqui. Talvez seja por isso que, até hoje, continuo a ser adepto das ideias simples, já que representam sempre bons desafios, trazem sempre bons resultados e menos riscos do que as ideias complexas e difíceis de executar. Por isso, vivam as boas ideias!